Os Geysers del Tatio formam o terceiro maior campo de geisers do mundo, então é óbvio que uma viagem ao Atacama não estaria completa sem uma visita à atração. Esse é, com certeza, um dos passeios mais curiosos da região, afinal de contas não é em todo lugar que se pode ver jatos de água quente jorrando da terra. Na região existem dezenas de geisers e as trilhas são demarcadas para evitar contato com a água fervente. A paisagem é sensacional com as colunas de fumaça subindo durante o nascer do sol. Vamos falar vários motivos para você conhecer!
Os jatos acontecem quando a água dos rios subterrâneos encontram as rochas que estão quentes devido à atividade vulcânica e são mais ativos durante as primeiras horas da manhã. Por isso é importante chegar antes do sol nascer. Também é importante já estar acostumado com a altitude, pois os Geysers del Tatio estão a mais de 4300 metros de altitude e por isso não é aconselhavel fazer o passeio nos primeiros dias de Atacama. Também é interessante não comer demais e nem encher a cara no dia anterior ao passeio para evitar o famoso mal da altitude.
Em geral, o pessoal começa a se deslocar de San Pedro de Atacama em torno das 4h da manhã para fazer os quase 100km e estar lá entre as 6h e 7h. Então, escolhemos fazer como uma agência. Conseguimos ir quase todo o caminho dormindo, o que ajudou a não sentir tanto a altitude e além disso não precisamos nos preocupar com a estrada durante à noite. Para quem quer fazer de carro por conta própria, o caminho é totalmente viável, é só ter atenção e ir com calma, pois é de chão batido e tem muitos trechos íngrimes, bastante curvas e penhascos.
Esse é o passeio onde se passa mais frio no Atacama, principalmente ao visitar a região no inverno, época em que as temperaturas podem atingir -20ºC. Nossa experiência foi relativamente tranquila, pois pegamos temperaturas em torno de 0ºC, que é comum no inverno do Rio Grande do Sul. De qualquer forma, é importante ter agasalhos adequados nessa viagem, pois a temperatura varia absurdamente dependendo da altitude e horário.
O parque é administrado e mantido por comunidades atacamenhas e hoje somente o turismo é explorado na região, mas ele já teve outros tipos de exploração no passado. Há alguns anos existia um projeto para geração de energia elétrica por meio da atividade geotermal, e perfurações feitas no solo acabaram por deteriorar canais subterrâneos e matar diversos geisers.
Ao pesquisar sobre o local é possívelver que existem piscinas quentes formadas pela água dos geisers onde é possível tomar banho. Porém, o banho encontra-se proibido. Ouvimos alguns boatos, mas não encontramos nenhuma informação oficial sobre o motivo do fechamento das piscinas.
Depois do nascer do sol, a temperatura vai aumentando e a atividade dos geisers vai diminuindo e nesse momento as agências aproveitam para servir o café da manhã antes de regressar. Muito da graça desse passeio, inclusive, está no retorno. Nos arredores a fauna é vasta e é possível avistar diversos tipos de aves, muitas vicunhas, vizcachas, etc. O tour passou depois pelo Rio Putana e também pelo Pueblo Machuca.
A parada no Rio Putana vale muito pelo visual. A paisagem muda de desértica para o verde e se vê muitos animais, além dos vulcões e montanhas do Atacama.
O Pueblo Machuca é uma pequena vila onde vivem algumas familias que vivem da criação de lhamas e da venda de artesanatos. Lá é possível passear por entre as casa típicas de adobe e conhecer uma das igrejas mais antigas da região. Essa parada também serve de pit stop para fazer um lanche e é possível comer empanadas e o famoso churrasquinho de carne de lhama, que é bom pra caramba.
Pagamos 25 mil pesos por pessoa para o trasporte, guia e café da manhã e 10 mil pesos por pessoa de entrada no parque dos Geysers del Tatio.