Se tem algo que gostamos é uma boa viagem econômica. E ir pra Curitiba, dependendo das suas escolhas e do seu roteiro, pode ser um passeio barato e muito divertido. Na capital paranaense há várias opções de entretenimento e, a poucos quilômetros dela, pontos turísticos pra quem ama a natureza. Se você quer fazer uma road trip, que tal um feriado em Curitiba?
Trajeto Porto Alegre Curitiba
Partimos de Porto Alegre às 13h de uma quarta-feira e chegamos no nosso destino por volta das 23h. Isso porque pegamos uma verdadeira tranqueira no trecho de Palhoça, a ponto de ficar parado por mais de 1 hora. Foram 1785 km feitos (ida e volta) e R$ 89,40 reais em pedágio (total ida e volta).
Pra quem pensa em fazer de carro essa viagem, uma das dicas é lembrar que há vários trechos de serra quase chegando em Curitiba e costuma ter muita neblina. Outro ponto é a questão do hotel, você vai precisar de um com garagem.
Hotel
Falando nele, nossa ideia de hospedagem em Curitiba era econômica, mas em uma boa localização, principalmente para fazer passeio com agência (elas pegam os turistas somente no centro e no bairro Batel).
Como essa segunda opção era mais cara, optamos pelo Hotel Sol, localizado no Centro, com estrutura simples mas nova. O café da manhã era bom e a garagem rotativa (caso a garagem estivesse cheia era possível deixar o carro em um estacionamento próximo sem custo adicional). Para não termos problemas de movimentação à noite e como era mais barato, pegamos Uber pra ir pra restaurante e etc. Fomos orientados algumas vezes a não andar a pé a noite pela região do centro.
Roteiro em Curitiba, Paraná
Para ajudar quem está indo pra cidade, vamos compartilhar o nosso roteiro, que mistura um pouco de tour urbano, além de natureza e, claro, boa comida!
1º dia com City Tour pela cidade
Para conhecer Curitiba, não iríamos conseguir visitar todos os pontos em único dia (lá são mais de 30 parques e bosques espalhados pela cidade), então optamos pelo bus turístico. Você paga para descer em 5 pontos (incluindo a última parada que para gente foi no mesmo ponto de partida e próximo ao nosso hotel).
Com o bus, conhecemos os seguintes pontos: Jardim Botânico, Museu Oscar Niemeyer, Bosque do Papa, Ópera de Arame e parque Tanguá. Todos eles são distantes um do outro (a linha turística percorre aproximadamente 45km) com exceção do Bosque do Papa que fica bem próximo do MON e por isso não é necessário gastar uma das paradas do ônibus. Como o transporte passava de 15 em 15 min, podíamos ficar mais tempo naqueles que mais estávamos gostando. E todos foram realmente interessantes!
O Jardim Botânico teve suas mudas de flores trocadas recentemente! Então, estava super colorido e alegre (só o dia não ajudou muito nas fotos). O Museu Oscar Niemeyer vale uma tarde inteira para quem gosta de arte (adoramos a exposição do Rafael Silveira – Circonjecturas). O Bosque do Papa tem muitos pinheiros (araucárias) e belas casas originais e bem conservadas dos imigrantes poloneses de Curitiba. A Ópera de Arame é uma construção totalmente diferenciada que recebe shows e apresentações. O Parque Tanguá surpreende por ser tão grande e cheio de pontos legais (aqui o dia abriu).
Por que vale a pena? O custo pra usar o bus é de R$ 45 por pessoa. Se fossemos a pé, provavelmente não iríamos conseguir aproveitar todos os pontos e como não somos da cidade seria complicado utilizar as linhas de ônibus tradicionais. Por se tratar de uma capital e por ser feriado, sair de carro também não seria uma boa ideia pela dificuldade que teríamos para estacionar próximo aos pontos turísticos. Vale lembrar que somente no museu pagamos a entrada.
2º dia com passeio de trem por Morretes
Estávamos em dúvida sobre fazer o passeio para Morretes por conta ou com agência. Apesar de economizar realizando toda a programação, pensamos que por agência teríamos um outro ponto no roteiro Antonina. Além disso, chegam centenas de pessoas em Morretes com o trem e a agência já reserva lugares nos restaurantes. Sem reserva a espera é de mais de uma hora.
Os passeios de trem são praticamente tabelados, ou seja, todas as agências cobram um valor igual ou muito próximo um do outro. O roteiro pode incluir almoço ou não. No nosso caso, como nos informamos antes, escolhemos a Special Paraná pelas recomendações de outros blogueiros. Deixamos pra marcar uma semana antes e o passeio, que antes custava R$ 269 por pessoa, passou para R$ 239.
Eles nos pegaram no hotel entre 7h15 e 7h30 e fomos pra rodoferroviária, lugar de onde partiu o trem. O trajeto durou bem mais do que o esperado, mais de 4 horas, em função de várias paradas do trem (cruzamentos com trens de carga que utilizam a mesma ferrovia). Apesar disso, a viagem é muito bonita (dá pra contemplar a serra, cachoeiras, tuneis e viadutos).
Chegando em Morretes, tivemos um rápido almoço no Restaurante Ponte Velha e logo fomos caminhar pela cidade. A dica? Comer os picolés caseiros após o barreado. Por volta das 16h, partimos pra conhecer a pequena Antonina, uma pequena cidade no litoral. A principal atração? Tava rolando um festival de blues (nem queríamos voltar pra van). Por volta das 18h estávamos no hotel.
Você está em dúvida sobre fazer por conta Morretes ou contratar uma agência? A vantagem de contratar uma agência é a reserva de tudo, inclusive do restaurante, que lota muito, principalmente no final de semana e nos feriados. Além disso, as agências fazem a volta para Curitiba de van subindo a Estrada da Graciosa que além de ser um outro ponto muito legal, também é bem mais rápido e menos cansativo do que voltar de trem. Se o tempo de viagem é curto, vale a pena contratar uma agência!
3º dia com passeio para Ponta Grossa, Colônia Witmarsum e Hard Rock
Há poucos quilômetros de Curitiba fica uma cidade chamada Ponta Grossa. É pra lá que fomos no terceiro dia, mais precisamente para o Parque Estadual de Vila Velha, um lugar que conhecemos pelo Trip Advisor e adoramos de cara pela natureza!
O parque tem várias formações geológicas (arenitos), além de furnas e uma lagoa belíssima. Você pode pagar para conhecer um deles ou todos. Como o local tem limitação de pessoas por dia, chegamos bem cedinho, por volta das 9h. Fizemos o passeio pelas rochas caminhando (durou aproximadamente 1 hora porque partimos a pé mesmo (há opção de bus). Depois fomos de transporte para conhecer as furnas. Lembrando que pra visitá-las, é obrigada a ir com o transporte local porque elas ficam fora do parque.
Vale a pena a visita pela natureza totalmente diferenciada! E ah, quem conhece as furnas também pode contemplar a Lagoa Dourada, de águas quase transparentes. Olha aí nas fotos! Gostou? Vem ver mais!
A 30 km de Vila Velha também há a Cachoeira Buraco do Padre. Infelizmente ela estava fechada e não pudemos seguir o planejado. Voltamos pra Curitiba? Claro que não! Paramos na Colônia Wistmarsum, dica do guia da Special Paraná, e aproveitamos pra recarregar as energias com um ótimo café colonial alemão no Kliewer!
A região tem vários restaurantes no mesmo estilo e é uma boa pedida para quem gosta de gastronomia e de lugar ao céu aberto. Gastamos R$ 110 para nós dois, além de trazer lembranças aos familiares, como linguiça, chimia e biscoitinhos!
Pra fechar o nosso último dia em Curitiba, à noite fomos conhecer o Hard Rock da cidade. Preço alto, filas pra entrar e um serviço demoradinho, mas no final gostamos de conhecer o lugar (até rolou show)! Pelo visto é a única unidade do restaurante no Brasil!
Mais dicas pra sua road trip pra Curitiba
- Se você for de carro, lembre-se de trocado para os pedágios. São vários na ida e na volta
- Curitiba tem vários controladores de velocidade. Fique de olho!
- Os pontos turísticos realmente enchem. O Jardim Botânico estava super lotado, inclusive o estacionamento. Por isso, recomendamos que você pegue bus ou vá a pé!
- Seu principal gasto vai ser com gasolina. Enchemos o tanque quatro vezes. Fique atento porque no trajeto de serra não há posto.
Gostou das dicas ou tem dúvidas sobre o roteiro? Deixe seu comentário pra gente!